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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

18 de agosto - O acidente

   Uma noite serena, porém sombria, o céu está escuro, o chão gelado, a neve já não cai, mas ainda consigo senti os flocos de neve em meu casaco, minha última memória é que eu estava chorando e um vulto branco passou por mim...
-Senhorita Lany, consegue me ouvi? -Uma voz grossa, porém calma chama pelo meu nome, meu corpo parece está inclinado, devo está deitada. -Senhoria? -Começo a abrir meus olhos.

-Onde estou? - Tento levantar meu corpo, mas não tenho forças.

-Calma senhorita Lany, continue deitada. A senhorita está no hospital, sofreu um acidente.

-Um acidente? não lembro de nada... -Minha cabeça começou a doer e ao colocar a mão sobre ela, senti uma faixa à envolvendo. -O que houve?

-Calma, você estava atravessando a avenida e um carro a atropelou, o motorista tentou freia, mas a neve da pista o atrapalhou. A senhorita sofreu uma forte pancada na cabeça, talvez tenha perdido algumas memórias, ainda precisamos de mais exames e ... - Ele continuou falando, porém não dei atenção, simplesmente fechei os olhos e dormi.

   Um mês depois daquele terrível acidente eu já estava completamente recuperada, exceto por uma coisa, eu não conseguia me lembrar de maneira alguma o motivo de está naquela rua, naquele local, aquela hora da noite... Perguntei para várias pessoas, amigos, familiares, vizinhos, mas ninguém soube me responder. Um dia estava na livraria e um rapaz alto e moreno veio até mim...

-Lany? É você mesmo?

-Desculpe, nos conhecemos de algum lugar?

-Não lembrar de mim Lany? Martin seu... - Ele parou de falar. Vi que estava focando o olhar para a cicatriz em minha testa. -Que cicatriz é essa?

-Ah, essa cicatriz? -Coloquei a mão sobre ela. -Bem... Isso foi alguns pontos que os médicos deram depois que eu sofri um acidente, a um mês atrás, mas senhor, como me conhece? Estudamos na mesma faculdade? -Ele me olhou assustado e pareceu aterrorizado quando falei do acidente.

-Perdão... Você se lembrar que dia foi esse acidente?

- 18 de agosto, próximo a avenida principal. Por favor me responda de onde nós conhecemos? Como sabe meu nome? por que veio até aqui?

-Você não lembrar... Você estava comigo naquele noite, estávamos juntos, porém... Não foi uma noite muito agradável... Foi a noite em que... -Ele escondeu o rosto. -É melhor você não se lembrar, foi um prazer revelar. -Ele saiu apressado da livraria, corri atrás dele.

-Senhor Martin, senhor Martin, por favor me diga o que eu estava fazendo em sua casa naquela noite, senhor Martin... -Agarrei o braço dele e ao olhar no fundo de seus olhos, lembrei a razão do meu choro... -Nós namorávamos, mas você só queria saber de meu corpo, nunca olhou para minha alma e quando recusei que me tocasse, você me bateu, por isso sair chorando naquela noite...-Respirei fundo e senti um medo enorme dentro de mim. -Você nunca mais ouse chegar perto de mim. -Minha voz soou trêmula, soltei o braço dele e lagrimas caíram de meu rosto.

-Lany?

-Não ouse pronunciar meu nome... Nunca mais apareça em minha vida, eu não devia ter recuperado as memórias daquela noite... -Falei com firmeza e me afastei.

-Luana Alcântara

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Rosa única, aroma único.

  Foi na primavera que a conheci, aquela Rosa vermelha ou será que era amarela? Já não me lembro, deve ser uma rosa belíssima, seu aroma ainda permanece em meu olfato, não consigo esquecer aquele doce aroma, é como o mar, aquele mar que vai e vem que você não consegue parar de olhar... Sim, é assim esse aroma em meu coração.
  Era uma bela tarde de primavera, eu estava andando pelo parque e decidir deitar perto do riacho, a grama verde estava brilhando devido a chuva da noite passada, estava macia e morna, acabei adormecendo e quando acordei eu a vi, lá estava ela com seus longos cabelos negros, seus olhos penetrantes e seu vestido branco que batia nas águas do rio, eu não sabia quem era ou porque estaria ali, mas eu precisa lhe falar que seu aroma soube-me conquistar.
-Senhorita? 

-Sim, nobre rapaz. Por que me olha dessa maneira, algo que assustou? 

-Não, por contrário, me encantou. Que aroma é esse que sinto ao te olhar?

-Aroma? Deve ser das rosas que ficam próximas ao rio, ou o cheiro do próprio rio. Veja como a água está cristalina.

-Está mais azul que o céu e mais brilhante que o sol, mas, o amora não vem do rio, vem de você senhorita.

-De mim? 

-Sim, eu estava dormindo na grama quando um vento calmo passou pelo meu corpo e o cheiro chegou a minhas narinas, quando acordei vi seus cabelos negros voando e sentir que o cheiro vinha de você.  Se me permite. –Eu cheguei mais próximo dela. –Nunca sentir um aroma tão abstinente como esse, perdoe-me pergunta, mas de onde vem senhorita?

-De lá. –Ela apontou para o rio. –Está vendo aquelas rosas brancas na margem do rio?

-Sim, estou.

-Esse aroma. É delas. 

 Eu fui até as rosas, me abaixei molhei meus sapatos e as cheirei, não era o mesmo aroma, quando olhei para trás a jovem senhorita havia sumido, quando me levantei uma rosa branca estava flutuando no meio do rio, molhei mais um pouco meus sapatos e peguei a rosa, seu aroma era o mesmo da senhorita de cabelos negros. 
 Hoje faz um ano que conheci aquela jovem senhorita e todas as primaveras venho até o rio para tentar encontra-la, vejo as flores nascendo, vejo a água cristalina do rio, a grama verde brilhante e as arvores com frutos radiantes, mas não vejo a jovem senhorita, todos os dias quando passo nesse parque a caminho da faculdade eu me pergunto: Será que foi um sonho?

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Sejamos mais NÓS e menos EU

Isso foi há muitos anos...

Eu estava brincando com meus amigos e um deles sugeriu que realizássemos uma corrida, eu era a menor do grupo e fui a última a terminar a corrida, fiquei muito triste. Alguns dias depois daquela brincadeira eu estava no parquinho do bairro, haviam vários balanços e escorregas, flores e a grama estava verde cintilante.
  Ao olhar para a grama percebi pequenas formigas de cor preta andando em fila, todas muito bem organizadas e levando pequenos pedaços de alimentos nas costas, uma delas estava fora da fila perto dos brinquedos do parque, havia um pequeno pedaço de bolacha, pra mim era pequeno, mas aquela formiguinha estava com dificuldade em levar o pequeno pedaço para o formigueiro. De repente uma formiga saiu da fila e foi até a bolacha e ficou ao lado da outra formiga, depois veio outra, mais uma, mais três e assim várias formigas se juntaram para carregar o pequeno pedaço da bolacha, o levando até o formigueiro. Fiquei fascinada. Pensei: "A união faz a força!".
  Meus amigos chegaram. Novamente sugeriram outra corrida, mas dessa vez eu pedi para que a corrida fosse diferente, sugerir que todos descem as mãos e tentassem correr juntos, meus amigos gostaram da ideia, então nos colocamos no ponto de largada perto do lago. Ao dar a largada todos correram, na metade do caminho eu cai soltando a mão da minha companheira, ela não notou minha queda, continuou correndo, então eu pensei: "Onde está nossa amizade?".
   Alguns centímetros antes da linha de chegada, a garota que segurou minha mão parou, todos começaram a parar, ela apontou para me e todos confirmaram com a cabeça, no começo eu não entendi o que aquilo significava, mas quando eles correram em minha direção eu compreendi eles não queriam terminar a corrida sem mim. Ela me estendeu a mão, eu a segurei e levantei, sorri e todos ficaram um do lado do outro, juntos terminamos a corrida, todos foram "o primeiro".
  Minha pequena olhou-me com tristeza.
-Mas vovó, hoje em dia as coisas não são assim, as pessoas só se importam com elas mesmas.
  Eu sorri e pedi para que ela se levantasse e sentasse em meu colo,  ela sentou e eu a olhei gentilmente.
-As pessoas devem mudar e para isso o ponto de partida tem que ser. -Eu apontei para seu coração. -Você.
-Luana Alcântara


O tempo não apaga o sentimento do coração

  Foi no mês de julho em pleno o verão, as flores reinavam e seu aroma exalava paixão. Estávamos andando de mãos dadas no parque repleto de árvores, flores, brinquedos e um lago maravilhoso, nos setamos perto de um baobá a grama estava molhada meu vestido era de tecido fino e sentir gelar minha pele, me arrepiei e recusei-me a sentar, ele me puxou pela cintura e fiquei sentada eu seu colo, coloquei minhas pernas para o lado e enrolei meus braços em seu pescoço o olhei suavemente.
  Seus olhos azul escuro, porém não foram por eles que me apaixonei. Havia algo além do olhar, algo belo, sereno, encantador em seu ser, em seu eu, algo que eu nunca soube explicar. Era seu coração que batia fortemente por mim, seu beijo, seu carinho, a atenção que depositava em mim, era o simples fato de me amar por apenas me amar e quando um amigo perguntava: Por que você a ama? Ele respondia: Não há motivos nem explicações para ama-lá, eu a amo por ela ser quem é, por ser minha e me amar. Não há amor maior do que esse.
  Nosso amor foi duradouro, foi cativador e a cima de tudo... Foi amado. Hoje olho para o céu e me ponho a perguntar: Por que você teve que me deixar?
-Luana Alcântara

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Para meu Amado

Eu amo aquele cheiro
Eu adoro aquele abraço
Eu sinto nos teus beijos
O amor de meu Amado.

Eu amo seu sorriso
E adoro seu olhar
Ele é misterioso
E me faz delirar.

Gosto dos momentos demorados
dos beijos bem dados dos abraços apertados,
e do calor da paixão que sinto
quando damos as mãos

Você me faz sentir emoção
tu deliras o meu coração
sinto um fervo ao te beijar
em teus braços quero estar.

Você me completa
como um coração
eu adoro quando
me acariciar com as mãos.

Ainda sim penso se posso
confiar nesse teu ser
misterioso que faz meu
corpo delirar.

-Luana Alcântara

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Escrever é um dom



Poema em Homenagem ao dia do Escritor.
-Escrever é um dom

Hoje irei escrever
Hoje irei narrar
pois uma história
pude criar.


Escrever é um dom
que poucos hão herdar
Escrever é uma arte
que poucos sabem apreciar.

Escrever é paixão
Escrever é emoção
Eu escrevo com todo
o meu coração.

E se um dia minha
boca se calar
é porque minhas mãos
estão a digitar.

É nas palavras que
encontro emoção
é nas letras e rimas
que encontro razão.

Ser escritora não é escolha
Ser escritora não é decisão
Já estava escrito na folha
digitada em meu coração.

Feliz dia do escritor
Todos os dias devemos comemorar,pois a cada dia algo novo vamos amar.

-Luana Alcântara

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Razão ou emoção?


Eu sou mais do que seu olho pode ver
Eu não posso ser controlada por você.

E se um dia eu perder a cabeça por amor
E se um dia a emoção me controlar
Minha razão vai desmoronar.

Mas tenho uma má notícia pra te contar
esse dia não é hoje, esse dia não é agora
esse dia nunca vai chegar.

Eu não sou o que você vê
eu não sou o que eu mostro ser
eu sou bem mais matura do que você.

E por mais que meu coração 
bata forte por te 
A raiva fala mais alto dentro de mim.

-Luana Alcântara

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Não posso negar a dor de amar

Eu não posso negar
é você que eu quero
abraçar.

Eu não posso negar
é seu amor que sabe
me confortar.

Eu não posso mais
negar meu coração
só quer te amar.

Eu não quero mais
me esconder, meu
coração bate por você.

E se um dia eu puder
me declarar, um beijo
gostaria de ganhar.
- Luana Alcântara

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Número Oito

Lá vem ele outra vez...
-Oi número Oito!
-Olá número Dois! Como você está?
- Melhor agora que você chegou... Ops... É... você não escutou isso.
-Como assim? Você é engraçada número Dois, -Ele coça a nuca e vira o rosto para o lado oposto ao meu. -E fofa também.
-Eu... fofa? -Ele sorrir e saí andando...Quase desmaiei com aquele elogio.
Fui até a sala de estudos e vir ele na primeira banca conversando, dei meia volta e fui para outro lugar. Meia hora andando e pensando cheguei a biblioteca e sabe quem eu encontrei? Número oito outra vez.
Andei mais meia hora e fui parar no dormitório, no entanto, no corredor o encontrei. Ele está em todos os lugares, como isso é possível? Sempre o encontro, não posso escapar ele está em todo o lugar. Então digo:
-De novo número Oito? Quando não o vejo, o sinto. -Minha consciência sussurra, "você disse o que?", eu não me dei conta de minhas próprias palavras, que vergonha.
- Como assim número Dois?
Eu fiquei vermelha de raiva e desesperada de emoção meu coração fazia tum,tum,tum, tum cada vez mais rápido... Esse número Oito.
-Não me chame de Dois, me chame de...Um... -Vamos criei coragem, pensei. -Eu não quero, mas preciso dizer... Quero ser a primeira e única pra você.
- Número...
-Não diga, D-o-i-s.
-Número Um... -Ele me puxou com braço direito, tocou meu rosto com esquerdo, levantou meu queixo e continuou: Eu prefiro 18... -Oito me beijou e assim viramos um e oito... juntos formamos dezoito.

-Luana Alcântara

sábado, 4 de junho de 2016

Súplica de amor

Súplica de amor 

Não posso vê-lo
Não posso tocá-lo 
Não posso senti-lo 
Só posso amá-lo. 

Amar a distância 
Sofrer com a dor 
Com o erro que tive 
Com esse amor. 

E, se um dia eu te encontrar 
Sentirei vontade de te abraçar 
E se um dia eu te encontrar 
Por favor, Senhor, eu te suplico, 
Não me deixe chorar... 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A dor de minha saudade...


E esse nome que não saí da cabeça?
E esse vazio que não me deixa em paz?
É a saudade do teu beijo que deixei pra trás.


E esse cheiro que sinto ao acordar?
É teu perfume que absorve minha dor
transformando em amor.

E esse arrepio ao te olhar é meu coração a pulsar.
E esse calor que passa pelas mãos
transborda meu coração o enchendo de emoção.

E foi naquela terça-feira de cinema
que você me beijou, transformando tudo ao redor
em um único e doce amor.

Se no tempo eu pudesse voltar
Aquela segunda-feira
nunca iria acabar.
-Luana Alcântara

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Solidão que invade meu coração


E essa solidão que toca meu coração?
Sinto gelar, meu coração para de palpitar.
Não posso negar, saudades sinto do teu olhar.

Inverossímil é viver longe de ti.
Inverossímil é ter você longe de mim,
amofinaste meu coração, o encheste de emoção.

É tão escuro e frio
sem você ao meu lado
seu olhar vazio olhando-me de soslaio.

Eu sofro por ser insípida para ti
por não ser delirante em teu coração
por não lhe trazer paixão.

Sinto tristeza ao te olhar
meus defeitos fizeram
seu coração quebrar.

Seu semblante mudou,
o motivo é a causa
do meu amor.

Espero que um dia
você possa encontrar
alguém que faça seu coração pulsar.

-Luana Alcântara