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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Sejamos mais NÓS e menos EU

Isso foi há muitos anos...

Eu estava brincando com meus amigos e um deles sugeriu que realizássemos uma corrida, eu era a menor do grupo e fui a última a terminar a corrida, fiquei muito triste. Alguns dias depois daquela brincadeira eu estava no parquinho do bairro, haviam vários balanços e escorregas, flores e a grama estava verde cintilante.
  Ao olhar para a grama percebi pequenas formigas de cor preta andando em fila, todas muito bem organizadas e levando pequenos pedaços de alimentos nas costas, uma delas estava fora da fila perto dos brinquedos do parque, havia um pequeno pedaço de bolacha, pra mim era pequeno, mas aquela formiguinha estava com dificuldade em levar o pequeno pedaço para o formigueiro. De repente uma formiga saiu da fila e foi até a bolacha e ficou ao lado da outra formiga, depois veio outra, mais uma, mais três e assim várias formigas se juntaram para carregar o pequeno pedaço da bolacha, o levando até o formigueiro. Fiquei fascinada. Pensei: "A união faz a força!".
  Meus amigos chegaram. Novamente sugeriram outra corrida, mas dessa vez eu pedi para que a corrida fosse diferente, sugerir que todos descem as mãos e tentassem correr juntos, meus amigos gostaram da ideia, então nos colocamos no ponto de largada perto do lago. Ao dar a largada todos correram, na metade do caminho eu cai soltando a mão da minha companheira, ela não notou minha queda, continuou correndo, então eu pensei: "Onde está nossa amizade?".
   Alguns centímetros antes da linha de chegada, a garota que segurou minha mão parou, todos começaram a parar, ela apontou para me e todos confirmaram com a cabeça, no começo eu não entendi o que aquilo significava, mas quando eles correram em minha direção eu compreendi eles não queriam terminar a corrida sem mim. Ela me estendeu a mão, eu a segurei e levantei, sorri e todos ficaram um do lado do outro, juntos terminamos a corrida, todos foram "o primeiro".
  Minha pequena olhou-me com tristeza.
-Mas vovó, hoje em dia as coisas não são assim, as pessoas só se importam com elas mesmas.
  Eu sorri e pedi para que ela se levantasse e sentasse em meu colo,  ela sentou e eu a olhei gentilmente.
-As pessoas devem mudar e para isso o ponto de partida tem que ser. -Eu apontei para seu coração. -Você.
-Luana Alcântara


Um comentário:

  1. Muito parecido com a História do UBUNTU vivenciada pelo antropólogo na África

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