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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Rosa única, aroma único.

  Foi na primavera que a conheci, aquela Rosa vermelha ou será que era amarela? Já não me lembro, deve ser uma rosa belíssima, seu aroma ainda permanece em meu olfato, não consigo esquecer aquele doce aroma, é como o mar, aquele mar que vai e vem que você não consegue parar de olhar... Sim, é assim esse aroma em meu coração.
  Era uma bela tarde de primavera, eu estava andando pelo parque e decidir deitar perto do riacho, a grama verde estava brilhando devido a chuva da noite passada, estava macia e morna, acabei adormecendo e quando acordei eu a vi, lá estava ela com seus longos cabelos negros, seus olhos penetrantes e seu vestido branco que batia nas águas do rio, eu não sabia quem era ou porque estaria ali, mas eu precisa lhe falar que seu aroma soube-me conquistar.
-Senhorita? 

-Sim, nobre rapaz. Por que me olha dessa maneira, algo que assustou? 

-Não, por contrário, me encantou. Que aroma é esse que sinto ao te olhar?

-Aroma? Deve ser das rosas que ficam próximas ao rio, ou o cheiro do próprio rio. Veja como a água está cristalina.

-Está mais azul que o céu e mais brilhante que o sol, mas, o amora não vem do rio, vem de você senhorita.

-De mim? 

-Sim, eu estava dormindo na grama quando um vento calmo passou pelo meu corpo e o cheiro chegou a minhas narinas, quando acordei vi seus cabelos negros voando e sentir que o cheiro vinha de você.  Se me permite. –Eu cheguei mais próximo dela. –Nunca sentir um aroma tão abstinente como esse, perdoe-me pergunta, mas de onde vem senhorita?

-De lá. –Ela apontou para o rio. –Está vendo aquelas rosas brancas na margem do rio?

-Sim, estou.

-Esse aroma. É delas. 

 Eu fui até as rosas, me abaixei molhei meus sapatos e as cheirei, não era o mesmo aroma, quando olhei para trás a jovem senhorita havia sumido, quando me levantei uma rosa branca estava flutuando no meio do rio, molhei mais um pouco meus sapatos e peguei a rosa, seu aroma era o mesmo da senhorita de cabelos negros. 
 Hoje faz um ano que conheci aquela jovem senhorita e todas as primaveras venho até o rio para tentar encontra-la, vejo as flores nascendo, vejo a água cristalina do rio, a grama verde brilhante e as arvores com frutos radiantes, mas não vejo a jovem senhorita, todos os dias quando passo nesse parque a caminho da faculdade eu me pergunto: Será que foi um sonho?

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Sejamos mais NÓS e menos EU

Isso foi há muitos anos...

Eu estava brincando com meus amigos e um deles sugeriu que realizássemos uma corrida, eu era a menor do grupo e fui a última a terminar a corrida, fiquei muito triste. Alguns dias depois daquela brincadeira eu estava no parquinho do bairro, haviam vários balanços e escorregas, flores e a grama estava verde cintilante.
  Ao olhar para a grama percebi pequenas formigas de cor preta andando em fila, todas muito bem organizadas e levando pequenos pedaços de alimentos nas costas, uma delas estava fora da fila perto dos brinquedos do parque, havia um pequeno pedaço de bolacha, pra mim era pequeno, mas aquela formiguinha estava com dificuldade em levar o pequeno pedaço para o formigueiro. De repente uma formiga saiu da fila e foi até a bolacha e ficou ao lado da outra formiga, depois veio outra, mais uma, mais três e assim várias formigas se juntaram para carregar o pequeno pedaço da bolacha, o levando até o formigueiro. Fiquei fascinada. Pensei: "A união faz a força!".
  Meus amigos chegaram. Novamente sugeriram outra corrida, mas dessa vez eu pedi para que a corrida fosse diferente, sugerir que todos descem as mãos e tentassem correr juntos, meus amigos gostaram da ideia, então nos colocamos no ponto de largada perto do lago. Ao dar a largada todos correram, na metade do caminho eu cai soltando a mão da minha companheira, ela não notou minha queda, continuou correndo, então eu pensei: "Onde está nossa amizade?".
   Alguns centímetros antes da linha de chegada, a garota que segurou minha mão parou, todos começaram a parar, ela apontou para me e todos confirmaram com a cabeça, no começo eu não entendi o que aquilo significava, mas quando eles correram em minha direção eu compreendi eles não queriam terminar a corrida sem mim. Ela me estendeu a mão, eu a segurei e levantei, sorri e todos ficaram um do lado do outro, juntos terminamos a corrida, todos foram "o primeiro".
  Minha pequena olhou-me com tristeza.
-Mas vovó, hoje em dia as coisas não são assim, as pessoas só se importam com elas mesmas.
  Eu sorri e pedi para que ela se levantasse e sentasse em meu colo,  ela sentou e eu a olhei gentilmente.
-As pessoas devem mudar e para isso o ponto de partida tem que ser. -Eu apontei para seu coração. -Você.
-Luana Alcântara


O tempo não apaga o sentimento do coração

  Foi no mês de julho em pleno o verão, as flores reinavam e seu aroma exalava paixão. Estávamos andando de mãos dadas no parque repleto de árvores, flores, brinquedos e um lago maravilhoso, nos setamos perto de um baobá a grama estava molhada meu vestido era de tecido fino e sentir gelar minha pele, me arrepiei e recusei-me a sentar, ele me puxou pela cintura e fiquei sentada eu seu colo, coloquei minhas pernas para o lado e enrolei meus braços em seu pescoço o olhei suavemente.
  Seus olhos azul escuro, porém não foram por eles que me apaixonei. Havia algo além do olhar, algo belo, sereno, encantador em seu ser, em seu eu, algo que eu nunca soube explicar. Era seu coração que batia fortemente por mim, seu beijo, seu carinho, a atenção que depositava em mim, era o simples fato de me amar por apenas me amar e quando um amigo perguntava: Por que você a ama? Ele respondia: Não há motivos nem explicações para ama-lá, eu a amo por ela ser quem é, por ser minha e me amar. Não há amor maior do que esse.
  Nosso amor foi duradouro, foi cativador e a cima de tudo... Foi amado. Hoje olho para o céu e me ponho a perguntar: Por que você teve que me deixar?
-Luana Alcântara