Um dia, fui incrédula.
Não sabia amar e
nem retribuir amor.
Um dia, fui fria
Não sabia abraçar e
nem receber abrigo.
Hoje, sou rosa,
Rosa que ama,
Rosa que chora.
Hoje, não sou incrédula
Sou coberta de espinhos,
não por minha culpa, mas dele.
Meu jardineiro não tem dom.
Meu jardineiro não soube me cativar.
Meu jardineiro só soube me torturar.
Por que me disseste que era jardineiro
Se tu nunca foste um?
Tua profissão é contar histórias.
Como historiador, você também é um ótimo inventor.
Criou uma ilusão dentro da minha solidão
Fez-me acreditar que tu podias me cativar.
Contou-me histórias de amor,
Abusou de minhas pétalas e as destroçou
Tem certeza que um dia realmente me amou?
Jardineiro ou historiador?
Menino ou homem?
O que eres tu?
Já não sou mais tua rosa
Já não sou de ninguém
Já não sou incrédula.
Sou só rosa, rosa fria, rosa chora, rosa sombria.
Só rosa... sem títulos, sem sobrenome, sem alma.
Só um coração destroçado por ter amado.
-Luana Alcântara

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