Mais uma resenha para vocês!
Diva, O romance da época de 1864 escrito por José de Alencar, o nosso grande escritor brasileiro.
Eu sempre tiver uma curiosidade muito grande por esse livro por causa do título "diva", a palavra em si significa uma dividade feminina, uma deusa com ares de superioridade e beleza exótica e realmente, a personagem Emília remete todos esses aspectos. O doutor Augusto Amaral, faz amizade com um desconhecido em um navio, esse é Paulo(narrador do romance Lucíola, do mesmo escritor), tornam-se amigos, Amaral estava a caminho da Europa, envia várias cartas para aquele, quando volta para o Rio de janeiro, passa muito tempo sem dar noticias para Paulo e quando essas chegam, são várias cartas, praticamente um livro.
Emília ainda em sua adolescência fica muito doente, por ser muito mimada e autoritária, a maioria dos médicos não conseguiu cuidar dela, então Amaral é chamado, por ser sua primeira paciente ele insistir bastante em seus cuidados, mesmo ela não querendo. Depois de alguns meses, ele finalmente consegue curá-la e uma curiosidade é que, ele não pede nenhum pagamento a família, porém ganha muita fama, pois Emília era filha de um dos homens mais ricos da sociedade do Rio de janeiro. O Dr. Amaral viaja novamente e quando volta já se passaram dois anos, Emília já estar crescida e se tornou uma mulher venerada e adora por muitos nas festas realizadas no salão da casa de sua tia, mas com o Dr. ela é outra pessoa, ríspida, exigente, o tipo de mulher que se faz de difícil e ainda humilha o rapaz, essa era a verdadeira Emília.
Nesse sentido, a trama é Amaral tentando de todas as formas entender o motivo de Emília o tratar tão mal, o odiar tanto, ele a amava, mas ela recusa sua amizade e seu amor, o humilhando e lhe fazendo sofrer. Boa parte do romance são cenas entre os dois dialogando e você percebe nitidamente como Emília despreza os sentimentos dele. Porém, esse, não desisti fácil e ao poucos consegue a amizade da jovem donzela, mas nem tudo é como imaginamos e José de Alencar sempre surpreende seus leitores.
O título é peculiar, mas tem muito sentido, visto que Emília mesmo sendo muito jovem era a Deusa, a divindade, a diva que todos os homens queriam desfrutar, não só por sua beleza, mas também pela questão da riqueza que ela possuía. Essa questão de dinheiro, José de Alencar destaca no romance "Senhora". Gostei muito do enredo, da forma que é escrito e o decorrer da história prende o leitor, eu fiquei muito curiosa para saber se Amaral conseguiria fazer o coração de Emília ceder ao amor, visto que a personagem sempre se mostrou muito fechada a qualquer sentimento vindo do médico.

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